sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cultura

           Artesanato



Algumas mulheres de Pedro II, ainda dão continuidade a essa arte, mantendo viva uma tradição secular iniciada em 1895, com a chegada do Padre Joaquim de Oliveira e das irmãs Honorina, Mariana e Severa. Passando de mão em mão, de tear em tear, fio a fio, elas garantem a beleza e a originalidade de suas criações. A intuição e a sensibilidade dessas tecelãs dão cores, formas, texturas e resgatam o rico imaginário dos povos que viviam nas cavernas e grutas da Lapa.
Alternativa de ocupação e renda na sociedade piauiense, o artesanato tem importância secular. Em Pedro II encontramos alguns dos mais expressivos centros de produção de tecelagem manual do Estado do Piauí. Ali se confeccionam de forma constante, redes, mantas, mochilas, tapetes, bolsas, almofadas e cobertas.
A fabricação de redes apresenta-se como um potencial para o investimento no Município de Pedro II. Do setor, resulta um produto de grande atratividade turística para a região, confeccionado por artesãs que são famosas pela qualidade dos seus produtos.  Atualmente, existe uma Cooperativa Artesanal de Redes de Pedro II, fundada em 1978, que trabalha no sentido de organizar e orientar as mulheres rendeiras (que fazem redes), principalmente no que diz respeito ao atendimento da demanda existente no setor econômico e a busca do melhor mercado consumidor para os produtos gerados com a atividade artesanal.
Utilizando-se de técnicas artesanais os artesãos de redes de Pedro II, apresentam uma produção média de redes mês em torno de 371 redes/mês, cada. Os tipos mais produzidos são redes de linha e redes solo a solo. A matéria-prima utilizada é adquirida no próprio município e segundo os produtores pesquisados, não há dificuldades para adquiri-la.
Apesar da maior parte da produção de rede de Pedro II ser destinada a venda em outros mercados, fez um levantamento no mercado municipal com o objetivo de traçar algumas características do segmento de redes.
No levantamento constatou-se que os comerciantes comercializam o produto fabricado no próprio município, comprado diretamente do produtor, sendo os tipos mais vendidos, a rede solo-a-solo (80% da demanda) e a rede fio-a-fio 20%.
60% suprem seus estoques com freqüência semanal, 20% semanal e 20% mensal.
Não há dificuldades para se encontrar o produto no município e a relação dos comerciantes com seus fornecedores é considerada satisfatória.
Ao contrário da forma de compra (onde 90% dos comerciantes compram a prazo) a forma de venda mais praticada por eles, é a venda a vista (90%).
Os comerciantes acreditam que o setor será fortalecido com mais investimentos que possibilitem aumento na escala de produção; instalações mais adequadas para a produção; subsídios para a exportação e financiamentos (capital-de-giro).
A economia da cidade é ainda alimentada com a venda de outros produtos, para cidades e estados circunvizinhos, como: o couro caprino e bovino, o pó e a cera da carnaúba, castanha do caju, mel de abelha, tomate, pimentão, farinha de mandioca, fava, milho em grão e dentre outros produtos.




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Artesanato Ganhou Fama Internacional
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Se já não bastasse, Pedro II é a maior potência na tradição do artesanato de fio. Por todos os quintais, senhoras cultivam o hábito de confeccionar colchas, mantas, guardanapos. E tudo feito em teares manuais. Hoje, esse artesanato é considerado fora do Brasil como um do mais representativo o que tem movimentado a economia do município. A poucos quilômetros da cidade, em um lugar de difícil acesso, repousam em grutas e paredões, inscrições rupestres ricas em informações das civilizações que ali viveram há milhares de anos.



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